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quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

A paixão por artesanato: herança de Vó

Tenho uma avó que todos gostariam de ter.
Ela se chama Dagmar e me ensinou a gostar de trabalhos manuais.
Ela teve 7 filhos e ajudou o meu avô a cria-los através da costura. Ela fazia de tudo, desde costurar lingerie até uniformes de colégio. Como eles moravam longe da cidade, as costuras não eram muito sofisticadas, mas faziam sucesso na comunidade que ela morava.
Não sei como ela conseguiu sua primeira máquina, vou pesquisar com ela e em breve posto aqui. Também pretendo comprar minha primeira máquina de costura em breve, estou namorando uma há um tempão... Vou precisar da ajuda de vocês para me ajudar a escolher uma.
Sempre passava as férias na casa dela em Juiz de Fora-MG. Somos em 3 netas e eu sou a mais velha, por isso ficava meio entediada de brincar com criança e logo corria para a minha avó para ela me ensinar alguma coisa nova.
Ela mora numa casa bem grande, cercada de verde e bem longe da cidade. Um lugar quietinho, numa comunidade mais humilde, com igrejinha pequena, rio por perto... um lugar perfeito para quem gosta de trabalhos manuais. Tinha um quartinho cheio de máquinas, linhas, botões, armário velhos e umas tesouras enormes pesadas que só.
Ela sempre tinha novidades, desde cachecois, bordado em fita, crochê, macramê (ela me ensinou com o nome de brólha), ponto cruz, vagonite, bordado livre entre outros. No natal sempre fazia anjos e guirlandas de balas, um enorme sino de casinha de abelha com papel de seda e frutas banhadas no cocholate que só ela sabe fazer srrrs... os dotes culinários dela ficam para outro post.
Sem contar que ela pintava tecidos e quadros como ninguém. Na casa dela não tem uma parede se quer sem quadros que ela pintou, ela tem um guarda roupas e uma cômoda cheia de toalhinhas bordadas, pintadas, crocês e tudo mais que ela já fez até hoje. É só chegar uma visita que ela despenca tudo para mostrar e contar histórias de cada peça que ela fez. Seu único defeito é não dar nada para ninguém e nem usar nada que ela faz... kkkkkkk
Realmente dá uma dó colocar coisinhas tão lindas no uso, mas se não for para isso, para que fazê-las né?
Não posso reclamar, ela me deu o meu maio tesouro, a primeira toalhinha que ela bordou na vida. Ela aprendeu na escola e era como matéria letiva, mulher que se presasse tinha que ser prendada num é mesmo?
Eu pretendo emoldurar essa toalhinha, além de ter sido feita pela minha vozinha linda, tem mais de 75 anos... nem sei se vou viver tanto tempo. Prometo colocar uma foto dela aqui para vocês verem, da minha avó e da toalhinha... rsrsrs
A paixão dela no momento são peças feitas com miçangas. Ela me deu de presente de casamento um jarro e um porta guardanapos feitos por ela.. lindos... fotos em breve também.
Até hoje não tem uma vez que agente não se encontre que ela não tem uma coisa pra me mostrar... é muito divertido. Tudo que faço penso nela, no que ela vai dizer quando ver, no orgulho que ela fica de mostrar para as pessoas e falar que foi eu que fiz, acho que o mesmo orgulho que sinto ao falar e mostrar as coisas lindas que ela faz... Esse blog é em homenagem a ela, que me ensinou muito mais que trabalhos manuais, mas colocar o coração em tudo que você faz...

Eu acho que nasci já gostando de trabalhos manuais, está no meu sangue.

E você??? Como se apaixonou pelo artesanato? Deixe sua história e venha compartilhar da minha...

Beijinhos...

3 comentários:

  1. Oi Carol Nunes tudo bem?
    Gostaria de entrar em contato com você, para saber sobre bouque de Santo Antônio, pois fiquei sabendo que você faz...gosria de ver fotos... abraços obrigada; Meu emai:pamela_sc19@yahoo.com.br

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  2. Oi Pamela,
    Faço sim.
    Te passo os detalhes por e-mail.
    Abraços
    Obrigada pela visita.

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  3. Olá Carol!!!

    Eu também cresci vendo as minhas avós fazerem costura, crochê e bordados.

    Mas a minha maior inspiração foi minha mãe que me deixou um legado em costura, crochê e bordado livre.

    Desde pequena eu amava as roupinhas que ela fazia para as minhas bonecas, os crochês que ela fazia nos panos de prato para depois pintar e levar para suas aulas, que por mais de vinte anos lecionou.

    Enfim, tenho muita saudades das tardes que passávamos juntas.

    Lembro-me, das camisetas pintadas para a minha filha, com carinhas de bonecas.

    Devo a ela esse dom de ensinar!!!

    Ela sempre dizia que a "arte" é a melhor terapia! E não é que é mesmo?!!!

    Bom foi muito bom falar da minha mãe , obrigada pela oportunidade.

    Bjks

    Sonia

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